terça-feira, 16 de agosto de 2011

Observadores

Como podemos nos relacionar com as pessoas se nós não somos ideais?


Fazemos besteiras a todo tempo.


Muitas são propositais (tá bom, admito), mas a grande maioria acontece sem nós sabermos...


Isso mesmo. Temos hábitos e princípios tortos que nos fazem agir sem pensar e que afetam as pessoas ao nosso redor.


E o pior é que se a sociedade em que estamos inseridos admite tais atitudes, ao comparar nossos atos com os dos outros, nos deparamos com a terrível realidade de que somos tentados a fazer o mesmo que eles simplesmente porque é costumeiro.


Daí, nossa visão se torna embaçada porque olhamos pelos filtros da conveniência, da tradição, da vontade e até mesmo da razão.


E porque não há um padrão seguro a ser seguido, todos constroem seus próprios mapas usando bússolas que não apontam para o mesmo canto.


(Por conveniência, para que se torne viável a vida em sociedade, tendemos a arbitrar um 'Norte'-padrão para cada grupo social em que estamos inseridos, mas isso é conversa para outro post)


Por isso é que ficamos perdidos, e nos sentimos vazios.


Depois da Relatividade de Einstein, muitos começaram a citá-la como um 'desmerecedor' de argumentos.


Se, afinal 'tudo é relativo', por que adotar o 'seu' 'Norte' e não o 'meu' 'Norte'?


O que estes não conseguem entender é que tudo é relativo sim, mas em relação a um observador, que pode ser qualquer coisa.


Sabemos que não há no universo um ponto preferencial de observação.


Então, o que precisamos é de um ponto de observação fora dele, com o qual a descrição de todas as coisas do nosso universo se torna mais simples.


Eu sei do que falo, mas muitas vezes ignoro isso e torno a observar o mundo a partir de mim mesmo, e isso me leva a tomar decisões precipitadas e atitudes irresponsáveis, erradas.


Ah... Por que não consigo simplesmente fazer o certo sempre?

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