segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Falhas

Quantas falhas são necessárias para se considerar um sistema 'fadado ao fracasso'?

Depende do tamanho da falha, da frequência, da importância do sistema...

Computadores tem diversas falhas, mas muitas são desconhecidas. Além disso, mesmo que existam grandes falhas, é possível corrigir o sistema e torná-lo confiável novamente.

Quando carros envelhecem, suas peças deixam de operar como projetado e a frequência com que as falhas ocorrem sobe. Mas apenas depois de muitos anos manter um veículo torna-se insustentável, e a manutenção constante, preventiva e corretiva, pode fazer com que um carro normal tenha uma vida útil maior do que a de alguns humanos, sem contar que carros podem ser reformados e voltar à vida muito tempo depois.

O sistema de distribuição de energia tornou-se algo muito importante em nossas vidas, mas o fornecimento de energia não é 'vital' em todos os lugares. Sobrevivemos se faltar força em nossas casas. E nos lugares em que o fornecimento não pode parar, hospitais por exemplo, o sistema de distribuição não é descartado, mas complementado, por sistemas auxiliares de geração de energia que entram em ação quando o fornecimento de eletricidade da rede cai.

E todas essas falhas fazem parte do funcionamento das coisas.

Aliás, uma sociedade sem falências é uma sociedade com problemas.

A interrupção das coisas faz parte da vida e é tão importante quanto o surgimento e o crescimento.

Serve para marcar o tempo, solucionar problemas... até mesmo alegrar pessoas.

José Saramago que o diga!

Enfim, as falhas não são razão para decidir se um sistema é ou não 'fadado ao fracasso'.
Podem até argumentar sobre a viabilidade da coisa, mas não são indicadores finais e não podem ser levados em consideração sozinhos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MAAIZ BLOGZ!

Depois de impressionantes dois meses sem postagem nenhuma, nada como umas boas férias para por este outrora viçoso blog de volta aos trilhos!

Uma infinidade enorme de coisas apareceu durante esse tempo e as coisas continuam sim, muuuuito emocionantes em Barão Geraldo!


Algumas matérias se foram, outras não, mas como disse o fulano ao lado, "se colei ou se passei, o importante é que o semestre eu passei!".

Então, haverão muuito mais postagens, uma vez que agora eu tenho tempo, mas, por hora, basta saber que vou jogar CS e assistir Monty Python na primeira noite de férias com o pessoal que ficou nesse delicioso buraco dimensional que é Barrão
Geral, distrito da distinta Cam...trópolis!

E lembrando que dia 20 estarei, juntamente com a senhorita Geek, em Forta...praia até dia 28 então, caríssimos leitores tropicais, estejam avisados!

E para rir no final da noite, das internets direto pra vocês das internets...

O Retrovirus!

Até!

domingo, 16 de outubro de 2011

Steve Jobs e somalianos famintos

Recentemente, após a morte de Steve Jobs, homem muito influente nos últimos vinte anos, houve uma imagem compartilhada por muitos que dizia assim: "uma pessoa morre e cem milhões choram", com uma imagem de Jobs e, ao lado, uma imagem de crianças bem sofridas e o escrito "um milhão morre e ninguém chora".
Há uma assinatura de twitter que indica um usuário: @djwillie.


Provavelmente, o senhor Willie fez isso com a maior das boas intenções, com o objetivo de aumentar a consciência das pessoas sobre a péssima condição de vida que muitos tem.


Entretanto, depois de ver muitos outros cristãos repostando a imagem, parei para pensar e pensei comigo mesmo 'ei, onde Jesus entra nessa história?'.


Não foi, por acaso, por toda a humanidade que Jesus morreu? No entanto nós, cristãos, focamos muito de nossa vida apenas na morte de Jesus, o Cristo.


Não quero dizer que Jesus não foi importante ou que ele é menos importante que as pessoas que ele salvou. Ele é a peça mais importante sem a qual nada faz sentido, mas precisamos, seriamente, largar nossa pseudo-espiritualidade (que está muito confortável em adorar um senhor que não nos cobra todo dia) e adotar medidas que se importem mais com o que está presente, hoje, nas nossas vidas. O próximo.


Precisamos, com urgência, sair para conversar com as pessoas a respeito de seus problemas e confortá-las, ajudar os necessitados com suas necessidades e, entre nós mesmos, nos apoiarmos na luta diária que é peregrinar como cristãos nesse mundo tenebroso.


Onde foi parar nosso amor para com o próximo?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Observadores

Como podemos nos relacionar com as pessoas se nós não somos ideais?


Fazemos besteiras a todo tempo.


Muitas são propositais (tá bom, admito), mas a grande maioria acontece sem nós sabermos...


Isso mesmo. Temos hábitos e princípios tortos que nos fazem agir sem pensar e que afetam as pessoas ao nosso redor.


E o pior é que se a sociedade em que estamos inseridos admite tais atitudes, ao comparar nossos atos com os dos outros, nos deparamos com a terrível realidade de que somos tentados a fazer o mesmo que eles simplesmente porque é costumeiro.


Daí, nossa visão se torna embaçada porque olhamos pelos filtros da conveniência, da tradição, da vontade e até mesmo da razão.


E porque não há um padrão seguro a ser seguido, todos constroem seus próprios mapas usando bússolas que não apontam para o mesmo canto.


(Por conveniência, para que se torne viável a vida em sociedade, tendemos a arbitrar um 'Norte'-padrão para cada grupo social em que estamos inseridos, mas isso é conversa para outro post)


Por isso é que ficamos perdidos, e nos sentimos vazios.


Depois da Relatividade de Einstein, muitos começaram a citá-la como um 'desmerecedor' de argumentos.


Se, afinal 'tudo é relativo', por que adotar o 'seu' 'Norte' e não o 'meu' 'Norte'?


O que estes não conseguem entender é que tudo é relativo sim, mas em relação a um observador, que pode ser qualquer coisa.


Sabemos que não há no universo um ponto preferencial de observação.


Então, o que precisamos é de um ponto de observação fora dele, com o qual a descrição de todas as coisas do nosso universo se torna mais simples.


Eu sei do que falo, mas muitas vezes ignoro isso e torno a observar o mundo a partir de mim mesmo, e isso me leva a tomar decisões precipitadas e atitudes irresponsáveis, erradas.


Ah... Por que não consigo simplesmente fazer o certo sempre?

Novelo de lã

Minha mente é como um novelo de lã.


Existem diversas coisas gravadas no comprimento do fio, mas ele está todo enovelado.


Consigo ver um monte de segmentos de ideias diferentes de uma vez só, e posso puxar um segmento interessante para vê-lo melhor.


Infelizmente, ser enovelado não é tão bom assim.


Por exemplo, ao lidar com pessoas ou objetos que exigem conhecimentos específicos -um nome, por exemplo- preciso girar o tal do novelo até encontrar um segmentinho que me lembre.


Depois de achar, é só puxar que vem tudo.


Mas ruim é quando você não acha o segmento... Você sabe que está lá, mas não sabe onde e nem como encontrar.


E quando usa pouco, vai ficando mais pro miolo (porque costumo deixar o que acho mais importante ou de uso frequente em locais mais visíveis), o que atrasa o processo de encontrar a informação.


Eu até poderia ficar triste por isso, tentar mudar... Mas estou aprendendo a ser feliz sempre.


Daí, nem ligo mais pra isso! As outras pessoas devem sofrer de problemas parecidos mesmo, então, pra que fingir que eu sou melhor que elas nessa área?


Já sou suficientemente insolente sem isso...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Zele por seus objetos!

Quando você for fazer aquela 'experiênciazinha' com sua calculadora HP, tenha em mente o seguinte:

A danada da calculadora é um pequeno computador! Se você zoar com o sistema operacional, vai ter que formatar e colocar tudo de pé de novo!

O pequeno problema é que não escrevem sistemas operacionais pra ela, e ela não suporta boot de algo que não seja o próprio disco.

Então, quando for maltratá-la com uns programinhas tensos, lembre-se de que pode ser muito ruim perder, assim, por exemplo, o botão "on", que também funciona como 'cancel', 'off', 'cont'...

Não precisa quebrar tudo só pra aprender né?!

(aos que já fizeram a besteira: tirem as pilhas, a bateria da memória, e espere uns minutos com ela assim, morta. somente o firmware original sobra depois dessa, o que pode resolver uma maioria dos problemas!)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O valor das coisas

Muito já foi dito do valor que as coisas tem mas, na minha humilde e sincera opinião hoje, a essa hora da noite, as coisas adquirem o valor que nós as atribuímos.

Houve um tempo em que água potável era muito cara.
Hoje não é mais.
Amanhã, talvez, possa voltar a ser.

E sempre a "lei da oferta e da procura" se manifesta; de tal forma que não concedemos valor ao que nos abunda, mas pelo que nos é escasso, temos grande estima.

Ainda que seja óleo cru, uma substância grudenta, suja e poluente.

...

Já pude conhecer, nessa vida, muitas coisas. E as atribuí valores muito distintos.

Entretanto algumas delas ainda me surpreendem.
Não consegui atribuir valores nem equivalência a certas coisas que independem de minha vontade e disposição.

Essas coisas que me tiram o sono (às vezes), surgem 'do nada' e tem propósitos dos mais diversos.
Os que são do Caminho me compreendem...

...

Enfim, nunca, em minha vida, imaginei dar tanto valor a uma Enxada.
E olha que eu gosto de ferramentas...